Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

A cada hora 228 crianças são exploradas sexualmente em países da América Latina e do Caribe. E, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil está no topo dessa lista. Apenas em 2016, o Disque Denúncia Nacional (Disque 100), recebeu 77.290 relatos de violação dos direitos das crianças e adolescentes. São 211 casos por dia. Em épocas de grandes eventos nacionais e durante o carnaval, o número de casos em que crianças são abusadas sexualmente sobe ainda mais.

Só no período entre janeiro e maio de 2017 três adolescentes foram vitimas de estupro coletivo na região de Campinas, a maioria em festas onde haviam também adultos.

Os casos de abuso e exploração sexual infantil e adolescente tem aumentado e não estão restritos apenas as meninas, mas os meninos são vitimas em quase 50% dos casos.

“Diariamente, centenas de meninas e meninos são abusados ou explorados sexualmente. No primeiro semestre de 2016, Campinas registrou 458 casos de violência. Em todo ano de 2015 foram 1.043. Crianças do sexo feminino e de 0 a 11 anos lideram o ranking. Os dados são do Sistema de Notificação de Violência de Campinas (Sisnov). “Ainda existe muita resistência para denunciar situações como essa. E temos outro problema, vivemos uma sociedade que não sabe tratar a sexualidade dentro do ambiente familiar. Os pais e cuidadores precisam lidar com o assunto. Crianças e adolescentes precisam saber o que é natural e o que é abusivo”, disse a socióloga Denise Cesário, gerente executiva da Fundação Abrinq.
Segundo ela, ações de conscientização são muito importantes para reverter esses números. “Só a sensibilização da sociedade vai ajudar a combater a violência em todas as suas formas já que estamos falando de uma questão cultural e que atinge todas as classes sociais”, completou. Para Denise, também falta uma maior integração de informações para que possam ser feitos levantamentos expressivos e reais. “Poucos conselhos tutelares têm notificado os casos de abuso ou exploração antes de fazer os encaminhamentos devidos. Por isso ainda não temos números exatos no País.” Para o psicólogo e psicoterapeuta de crianças e adolescentes Iuri Victor Capelatto, os casos não registrados ou denunciados são o grande desafio. “As crianças e adolescentes abusadas ou exploradas hoje, se não tiverem ajuda, dificilmente vão conseguir desenvolver relações saudáveis na vida adulta”, disse.
Para isso, o especialista sugere que os pais fiquem atentos aos sinais. “Mudanças de comportamento, agressividade, alteração no sono, piora no desempenho escolar, pânico e até silêncio podem ser sintomas de abuso ou exploração”, disse. Para o psicólogo é preciso também tratar o abusador. “Se essas pessoas não receberem os cuidados certos, o ciclo nunca vai ser interrompido.”
Segundo ele, o consentimento dos familiares também é muito perigoso. “Muitas vezes a família sabe que a violência está acontecendo, mas prefere se calar. Essa atitude também gera uma falta de confiança da criança ou adolescente que pode ser irreversível.” O abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes tem sido debatido desde 2015 pelo Centro Promocional Tia Ileide (CPTI), entidade parceira da Fundação FEAC. Financiado pela Fundação Abrinq, o projeto Novo Amanhecer atendeu 525 crianças, adolescentes e suas famílias com ações e oficinas. “(fonte Correio Popular)

Por que 18 de maio?
Neste dia, em 1973, uma menina de 8 anos, de Vitória (ES), foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, carbonizado e os seus agressores nunca foram punidos.
Com a repercussão do caso, e forte mobilização do movimento em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, 18 de maio foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Desde então, esse se tornou o dia para que a população brasileira se una e se manifeste contra esse tipo de violência.

O que é violência sexual?
É a situação em que a criança ou o adolescente é usado para o prazer sexual de uma pessoa mais velha. Ou seja, qualquer ação de interesse sexual, consumado ou não.

É uma violação dos direitos sexuais das crianças e adolescentes, porque abusa ou explora do corpo e da sexualidade, seja pela força ou outra forma de coerção, ao envolver crianças e adolescentes em atividades sexuais impróprias à sua idade, ou ao seu desenvolvimento físico, psicológico e social.

Abuso x Exploração
A violência sexual pode ocorrer de duas formas distintas. Abuso sexual é qualquer forma de contato e interação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, em que o adulto, que possui uma posição de autoridade ou poder, utiliza-se dessa condição para sua própria estimulação sexual, da criança ou adolescente, ou ainda de terceiros, podendo ocorrer com ou sem contato físico.

Já a exploração se caracteriza pela utilização sexual de crianças e adolescentes com a intenção de lucro, seja financeiro ou de qualquer outra espécie. São quatro formas em que ocorre a exploração sexual: em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual.

Prevenção
A melhor maneira de se combater a violência sexual contra crianças e adolescentes é a prevenção. É necessário um trabalho informativo junto aos pais e responsáveis, a sensibilização da população em geral, e dos profissionais das áreas de educação e jurídica, com a identificação de crianças e adolescentes em situação de risco, e o acompanhamento da vítima e do agressor.

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Denuncie
Além da prevenção, o combate a essa realidade exige que os casos sejam denunciados. Portanto, se souber de algum caso de violência sexual infantil, procure o conselho tutelar, delegacias especializadas, polícias militar, federal ou rodoviária e ligue para o Disque Denúncia Nacional, de número 100.

Você pode agir. Proteja nossas crianças e adolescentes. Faça bonito e disque 100.

Engajados

A nossa rede também está engajada nesta luta e todos os anos é realizado um evento para marcar o dia, mas o combate é o ano todo através da conscientização e até do atendimento aos usuários das entidades e serviços que fazem parte da nossa rede.

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